Não to falando em um sentido poético não, muita gente já fez isso, to falando no sentido da palavra, do verbete, seja lá como queiram chamar.
Tentei explicar hoje para o meu host father o que era saudade, não achei palavra.
Não é apenas "I miss something or someone", não é apenas "I need something or someone"... não é.
Lembrei que uma vez também tentei explicar saudade em espanhol - meu host também fala espanhol - decidi tentar. Infeliz mais uma vez!
Não é apenas "echo de menos algo o alguien", "extraño algo o alguien"... não é.
Dai lógico que ao voltar ao meu quarto vim buscar tentativas de definições da palavra... e cai nas poéticas.
O fato é... ninguém é muito bom nisso. Nem Drumond, nem Machado - e lógico- nem EU... ô negócio díficil viu!
Li algumas muitas e as melhores (ou as que eu mais gostei) definitivamente foram essas:
"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida." (Clarice Lispector)
"A saudade é um parafuso que quando a rosca cai só entra se for torcendo porque batendo não vai.Mas quando enferruja dentro nem distorcendo não sai." (Raul Seixas)
Ainda assim, acho que meu host não ia entender....
O fato de serem famosos, ricos e terem aparecido em algum filme (sim , o Steven Tyler já apareceu em filme)?
Não!
O laço que une essas criaturas é bem maior que isso: A boca
Sim, e mais do que isso: Eu!
Só nessa semana duas pessoas me compararam a Julia Roberts e uma a Hilary Swank. E juro que não foi a primeira vez. O problema é que tais comparações me fazem lembrar, as vezes, da minha triste infância de menina magrela e bocuda e das comparações com Mick Jagger e Mr Tyler. Tudo isso por causa do bocão.
Mas enquanto as comparações ficam nas atrizes fico é muito feliz , o duro será daqui alguns anos quando começarem a me comparar a Donatella Versace e Iggy Pop.
Credo!
Por que ninguém me compara com a Angelina Jolie, hein?!
Eu tinha começado um post sobre a partida, a vinda e a chegada. Não terminei, fiquei esperando conseguir configurar o teclado e bla bla bla. Dai acabei perdendo a vontade de escrever. Talvez eu termine, talvez não...
Decidi que é melhor escrever quando dá vontade, no "fervo" da coisa, sabe?
Por isso vou pular essa parte e vir pra essa semana já. Simples assim.
Bom, essa semana - finalmente!- pude sair de casa. A chuva deu uma paradinha de leve no sábado e eu pude ir para San Francisco. Mas antes de comecar a parte "franciscana" vou contar um pouquinho sobre minha aventura chuvosa em San Mateo.
Cansada de ficar em casa por causa da chuva e pela falta de carteira de motorista, decidi na sexta feira a tarde sair pela cidadezinha onde moro, San Mateo, dessa maneira pude vivenciar o que é ser um pedestre nos Estados Unidos.
Muito Chato!
Você se sente tão sozinho e tão pobre (e tão boba). Todo mundo tem carro aqui! Tudo é feito para quem tem carro e quando você, uma pobre turista do interior de São Paulo, tenta atravessar a rua um tiquinho assim longe da faixa de pedestre BANG! os olhos da cidade se voltam contra você e o guarda vem pedir seus documentos, pois você certamente deve ser uma criminosa.
Mas foi bom caminhar... caminhar... caminhar...caminhar... tenho que colocar varias vezes porque é muita caminhada mesmo, nem o ponto de onibus é perto. Meu reino por um carro!
Mas isso não era nada, o triplo de caminhada foi o que tive para ir pra San Francisco no sábado, aproveitando o pouquinho de sol que fazia. Trem e bart (uma espécie de metrô) para ir e voltar e muita caminhada.
Mas tudo isso valeu a pena porque não há nada igual a San Francisco, eu não vi quase nada, ams o pouco que vi já me agradou muitissimo e me fez querer voltar e voltar e voltar.
Andei de bondinho, vi Chinatown de longe, uma ponte que parecia a Golden gate mas não era, passei um frio do cão - San Francisco é um dos lugares mais frios da California. Agora que já conheço toda a caminhada, só me resta pesquisar caminhos para os pontos túristicos e voltar. Conhecer de perto a Golden Gate, Chinatown, Alcatraz,Coit Tower,Alamo Square...um passeio para cada fim de semana!
Neste sabado só andei por la, sem rumo. Dizem que San Francisco é considerada a cidade da liberdade e deve ser assim mesmo. Você se sente seguro, feliz (e com frio). Deve ser por isso que existe tanta canção sobre a cidade, ironicamente o que ficou na minha cabeça durante todo meu passeio não foi "The sound of San Francisco" ou "I left my heart in San Francisco" mas sim aquela música tema do Full House , e é por tal motivo que decidi colocar essa música como tema do post.
Ainda voltarei mais vezes para falar sobre San Francisco, mas não podia deixar de colocar minha primeira impressão : AMAZING.
Nesse fim de semana vou com a minha familia americana para Napa Valley, a terra do vinho por aqui.. por certo volto em breve com novas primeiras impressões.
Dá o play Macaco!
domingo, 17 de janeiro de 2010
Hey!!!
Cheguei.. ja faz uma semana, ams so agora consegui meu computador. Estou colocando tudo em ordem e voltarei aqui para escrever e postar algumas fotos. Enquanto isso tento descobrir onde se localizam os acentos graficos desse teclado americano louco.
Se tem uma coisa que me deixa estupefata é o número de músicas existentes no mundo com um único tema: Califórnia.
É de se espantar de verdade!
Hoje, buscando uma trilha sonora no Grooveshark para meus momentos internéticos de fim de domingo sem namorado, me surpreendi com o número de músicas que encontrei - quem quiser pode dar uma olhada http://listen.grooveshark.com/#/search/songs/?query=california . Não parei para contar, óbvio, mas isso despertou meu lado pesquisadora de cultura inutil e então vi a "pequena" lista existente no Wikipedia com os exemplares dedicados ao Golden State. Para quem quiser comprovar:http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_songs_about_California
Tendo as peças apresentadas pelo Grooveshark como fundo musical, acabei descobrindo em alguns sites e blogs vários "tops five" de musicas californianas.Foi então que decidi fazer o meu próprio Top 10 California Edition. Aqui vai:
1. California Girls - The Beach Boys
2. California Dreamin'- The Mammas and the Pappas
3. San Francisco - Scott McKenzie
4. California - Phantom Planet
5. California Sun - Ramones
6. Under the Bridge- Red Hot Chili Peppers
7. Plastic California - Stereophonics
8. California Earthquake- The Mammas and the Pappas
9. Paradise City- Guns and Roses
10. San Francisco - Vanessa Carlton
Nem todas as musicas exaltam o Estado e muito ainda pode ser mudado nessa lista, tendo em vista o número de musicas que ainda posso conhecer. Entretanto, uma coisa é certa, considerando o número de canções e de apaixonados, não deve ser tão ruim assim viver na California. Veremos...
Segundo o site da Aupaircare existem seis passos na vida de uma aupair. No momento eu me econtro do quinto passo "Pre-arrival". Os três primeiros passos não são muito interessantes visto que são, em ordem, inscrição no programa (applying), revisão e aceitação pela agência local - no meu caso a STB - e revisão e acietação pela Aupaircare . Esses primeiros passos se resumem em burocracia, formulários e papeladas. Com metade dos passos completos, passamos para a parte realmente interessante: Matching.
Esse é o momento em que começamos a entrar em contato com as possíveis familias. É, na minha opinião, o passo mais importante. Para alguns dura uma eternidade, para outros dura uma semana. Tudo isso depende dos contatos que aparecerem e das relações com estes contatos. Dei inicio ao meu processo em agosto, mas só depois de um longo mês burocrático é que finalmente meu perfil ficou online na agência e as familias começaram a entrar em contato.
A primeira familia a entrar em contato - no mesmo dia em que fiquei online - foi uma familia de Campbell Califórnia. Dois pais e duas bebezinhas. Uma familia um pouco diferente, mas que me surpreendeu pois, ao contrário do que eu imaginava, eram bem tradicionais e sérios. Bom paara aprender a não construir esteriótipos. Depois de trocar alguns e-mails acabei desistindo e, antes que possam vir a pensar algo, esclareço que nada teve com o fator homossexual da familia - na verdade fiquei até interessada na experiência- mas a familia não corrêspondia a muita coisa que esperava.
A segunda familia surgiu duas semanas depois, eram de Strongsville, Ohio. Um casal com um menininho de dois anos. Gostei do perfil da familia, me assustei pelo possível fato de morar perto do Canadá e passar muiiiito frio, mas a familia acabou desistindo antes mesmo de fazer a entrevista. Eis o e-mail que recebi da host-mother:
Dear Valeria,
Things have changed in our family and now we are not 100% certain about our au pair arrival date. It may be much later into 2010. We do not want to hold up your interviewing process with any families any further than we may have already! If you are still available once we finalize our au pair arrival dates, we will let you know and continue to get to know you.
We wish you good luck with all future endeavors and with another family if you match during the time we are unavailable!
Thank you!
Fiquei um pouco chateada e achando que não ia encontrar nenhuma familia, demorou quase um mês para outra familia aparecer. Nesse meio tempo fiquei conversando com familias que estavam fora da agência e só me apareceu gente problemática. Até que dia 3/10 - exatamente um mês depois de ficar online - e de começar meu "middle step" - apareceu a familia Vitro, minha terceira e última familia. Falarei deles mais tarde, mas o que posso adiantar é que pareço ter tirado a sorte grande. Analisando, do "meio para trás" creio que toda a burocracia inicial possa ter valido a pena e as duas primeiras recusas também. Só me resta saber o que há do meio para frente agora.
A primeira vez que tentei foi por uma razão boba, é que todos tinham um blog. Cheguei a escrever cinco posts e depois desisti. Tentei mais duas vezes e nessas duas nem cheguei a escrever nada. Sou um bocado preguiçosa, confesso. Outra razão que me perseguia era o fato de achar que blog era um pouco infantil... descobri que não são. Tenho vários adicionados no meu "Reader" que leio religiosamente.
Dai, nesse meio tempo não mencionado, decidi viajar; vi que muitas das viajantes, aupairenses como eu, possuem um blog. A maioria usa esse espaço para compartilhar experiências e, assim, ajudar outras meninas que pretendem fazer o mesmo programa.
Eu, por outro lado, confesso que não pensei muito nessa parte de compartilhar experiência, mesmo que isso ocorra inevitavelmente. Decidi montar o blog para contar aos interessados como será meu cotidiano americano. Ainda que haja várias formas de mandar noticias, essa aqui parece um pouco mais pessoal e ao mesmo tempo geral, pois todos terão acesso a noticias de uma só vez.Não sou blogueira praticante, portanto o futuro deste é incerto, pode durar o ano todo.... como pode durar só mais uma semana.
