quarta-feira, 31 de março de 2010

Post desinteressante

Tinha feito um post, mentalmente, explicando minha ausência por aqui. Desisti dele, tomaria muito tempo que poderia ser gasto escrevendo algo mais interessante. E no fim, preguiça não tem explicação mesmo.



Esses ultimos dias não foram os mais produtivos do mundo, não no que se refere a viagens e a conhecer lugares e coisas novas. Se bem que isso depende muito do que entendemos como coisas novas. Durante os últimos dias vi alguns filmes novos, li um livro novo e comecei um curso novo. Tive novas reflexões sobre a minha pessoa e novas confusões também. Não entro em detalhe de nada - até porque não interessa mesmo- tirando a parte do livro, filme e curso.



Comecei meu curso em Stanford na última segunda-feira, foi uma experiência interessantíssima. Eu estava bem aflita pensando que não daria conta de entender nada ( e muito menos de ser entendida). Mas não, tudo deu certo. A professora é divertidíssima e a aula bem leve (tirando a parte em que tenho que ler um livro por semana). O interessante foi ver a humildade que encontrei por lá, cheguei com um certo preconceito trazido do Brasil. Estava acostumada com o ambiente literario-universitário-brasileiro (melhor, sancarlense) onde arrogância muitas vezes é mais importante que conhecimento. Aqui não vi arrogância alguma e, sim, vi conhecimento até mais profundo.



Por conta do curso, que é sobre literatura de mistério, fui e serei obrigada a ler muita coisa que nunca havia lido – mas que sempre tive curiosidade de ler. O primeiro livro discutido foi “A Study in Scarlet” do Doyle. Acho que já mencionei aqui anteriormente, é o primeiro livro em que o personagem Sherlock Holmes aparece. Por mais que conhecesse o personagem pela fama, nunca havia lido um livro sobre o detetive mais famoso do mundo. Confesso que gostei e agora quero mais. O que não será dificil por aqui, tendo em vista que a obra completa pode ser encontrada por menos de U$ 20,00.



Curiosamente, antes mesmo de terminar o livro ou de ir a aula fiz outra aquisição cultural interessante: o Netflix. É um sistema de “video-locadora” muito bom – que sentirei muita falta no Brasil. Escolho, por um site, o filme que quero assistir; há a opção (para alguns filmes) de ver online mesmo ou de pedir o DVD que chega em  casa sem custo algum. Pago uma quantia mensal de U$ 8,99 (baratissimo!) mas posso ver quantos filmes quiser durante o mês. Aproveitando o netflix e meu fim de semana parado decidi ver alguns filmes, entre eles Julie and Julia com Meryl Streep. Inspirador. Acordei no outro dia com vontade de cozinhar, de namorar e de escrever mais no blog.



A vontade de cozinhar eu matei logo em seguida, fazendo um(a) belo(a) omelete e tomando um vinhozinho dos hosts; pretendo agora comprar o livro da verdadeira Julia Child e testar algumas receitas (posso até vir aqui contar no blog, mas não farei disso meu mote principal – até porque isso seria idéia repetida). Quanto a vontade de escrever, guardei um pouquinho e hoje estou aqui. Motivada pelo filme (o que significa que pode passar a qualquer momento) estou tentando me policiar para escrever pelo menos uma vez na semana. Vamos ver se dá certo.



Quanto a vontade de namorar... bom...essa to tentando esquecer para não ficar ainda mais maluca.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Unexpected

Sabe uma coisa que eu realmente gosto da minha vida de intercambista?
O Inesperado.
Estava eu deitada em minha cama americana barulhenta, tentando tirar uma nap pós-expediente, quando o telefone toca e alguém me pergunta: "O que está fazendo?"
Nessas horas, no Brasil, eu logo pensaria que alguém iria me chamar para alguma coisa que eu provavelmente não iria querer fazer, dai inventaria uma desculpa ao invés de falar a verdade: "Nada"
O que acontece é que aqui, em minha condição de estrangeira solitária, qualquer convite é válido ( ainda que seja para ir no posto de gasolina). Logo, tratei de atender e falar a verdade. Não fazia nada.
Já esperando pelo convite de ir a padaria da esquina, me surpreendi quando ouvi: "Tá afim de ver um jogo de basquete?"
Ora, se tinha uma coisa que queria muito fazer aqui além de viajar e estudar era ver um jogo da NBA. Não porque sou fã do esporte, mas porque não há nada mais americano que isso.
Não titubeei, aceitei na hora.
Corremos então, convites inesperados não dão muito tempo a você. Tinhamos que ir até Okland para ver o jogo que começava as 7:30  e já era 7:20 e ainda estavamos em San Mateo.
Com algumas confusões GPSisticas e parada em posto de gasolina conseguimos chegar ao destino.  Perdemos boa parte do jogo e, na ansia de não perder mais nada, queriamos pegar o primeiro lugar que encontrassemos. Lógico que, como os lugares são marcados,  fomos impedidos por alguém da segurança do estadio. Ainda bem.
O que não sabiamos é que os ingressos que haviamos ganhado eram para a aera VIP do estadio. Mais uma vez o Inesperado.  Não só assistimos ao jogo de um lugar privilegiadíssimo como  tivemos direito a comidinha.
O jogo foi bem legal, era entre o Golden State  Warriors e os Hornets (que não faço ideia de onde são). Os Warriors estavam perdendo quando cheguei, mas acabaram ganhando de 131x 121. Me senti jogando NBA Jam no SuperNes, com a diferença de que eu estava dentro do jogo, ou melhor, na plateia. Vi Cheerleaders, vi saltos incriveis, show do intervalo e até comi hot dog. Não podia ser melhor.
Acho que quando voltar ao Brasil vou rever meu conceito de atender telefonemas e aceitar convites. Dar mais chances ao Inesperado, desculpe o pleonasmo, é que nunca se sabe  o que virá.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Contraditório!

Como pode saudade e repulsa co-existirem em um mesmo pensamento?
Isso aconteceu comigo hoje quando pensei no Brasil. Tive um pequeno momento de insonia californiano, provavelmente provocado pela vontade de estar em casa. Sonhei com meu avô, sonhei com meu trabalho. Lembrei da minha familia, do meu namorado, dos meus amigos. Tive vontade de comer pão de queijo, tutu e de tomar café de verdade.Sabe aquela história de que as aves daqui não gorgeiam como as aves de lá ? ( e nem poderiam visto que aqui só tem corvo =p).
Toda essa nostalgia só teria um destino hoje: crescer. Mas não foi assim que aconteceu, ao ligar meu fiel companheiro de viagem  FF (Fantastic Farias) meu sentimento foi interrompido por uma noticia besta, estupida, cretina. Mataram o Glauco! Covardemente.
Nesse momento alguém vai me perguntar: e o que tem isso com você?
E eu vou falar: tem muito!
Tem muito porque me faz lembrar daquilo que não tenho saudade aí no Brasil. E sim, sei que existe criminalidade aqui também, sei que as pessoas aqui te magoam tão profundamente com palavras  como  com um punhal. Mas a bandidagem aqui não chega aos pés da "Made in Brazil" , eu posso caminhar tranquila pelas ruas, deixar a bolsa no banco da pracinha enquanto olho as crianças brincando (mas não o faço pois ainda carrego a insegurança tupiniquim) posso morar numa casa sem muros e portões, o carro pode ficar na rua todo dia, etc.. etc. Posso viver.
Quanto as  palavras, que magoam mais que punhal, essas podem ser esquecidas, assim como a frieza das pessoas. Mas uma perda como essa que aconteceu aí no Brasil provavelmente fica para sempre. Ainda que as pessoas esqueçam, isso fica para aqueles que estão próximos ou, simplesmente, para aqueles que se importam.
É contraditório querer voltar e querer ficar ao mesmo tempo. Assim como é contraditório ver que um país frio, que não sabe abraçar me faz sentir muito mais segura que aquele onde encontro os melhores abraços.
Vai entender...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Isso aqui ô ô....

É engraçado quando você passa um tempo em outro país, você começa a gostar de tudo aquilo que de alguma maneira te faz lembrar seu lugar de origem. Pode ser uma coisinha a toa ou algo "huge", não importa, você sempre vai abrir um sorriso.
Andando por aqui pude encontrar algumas dessas coisinhas que me fizeram lembrar o Brasil. Na primeira semana já me deparei no shopping de Hillsdale com uma loja que se orgulhava em estampar que seus sapatos eram "Made in Brazil". Visitando a casa de um dos aupairs aqui, conheci uma familia americana que é muito brasileira. Eles viveram por um tempo no Brasil e, por isso, dentro da casa só se fala português, para que as crianças aprendam desde cedo.  Folheando o catalogo da Victoria Secret's ou  da Guess, não me lembro agora, vi estampado o orgulho de ter um biquine nos moldes brasileiros. Fora esses exemplos ainda tem a "brazilian wax" (depilação no estilo brasileiro) e "brazilian brush" (que é mais ou menos o que chamamos aí no Brasil de escova definitiva).
Mas nenhum dos exemplos me fez rir tanto quanto o "Brazil Butt Lift". Um video de ginástica, bem estilo polishop, que promete transformar seu bumbum flácido americano em um bumbum durinho brasileiro. Sim, porque todos no Brasil têm bumbum durinho. O video, que tem meia hora de exibição diaria na TV americana, interrompeu minha leitura de Sherlock Holmes, mas me fez dar varias gargalhadas (o que não é uma coisa fácil).
Quem quiser pode confeir um pedaço que encontrei no youtube. Garantia de risadas, ou seu dinheiro de volta.


Goodbye 80's!



Não podia deixar de postar essa noticia:


O ator Corey Haim foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira, 10, em Los Angeles, confirmou o site do canal "Fox News". O ator, de 38 anos, teria falecido vítima de uma overdose acidental e as investigações no local já começaram.

Haim era considerado ídolo adolescente na década de 1980 e estrelou filmes como "Sem Licença Para Dirigir" e "Os Garotos Perdidos". Corey Haim lutava há anos contra a dependência química e ensaiava, sem sucesso, uma volta ao mundo artístico - ele chegou a publicar um anúncio  em revistas de circulação nacional nos Estados Unidos se oferecendo para trabalhar.
Noticia completa em:
 
Corey era um exemplo tipico de astro mirim que faz muito sucesso por um tempo e depois é esquecido. Seja porque não consegue agradar como adulto, seja porque tem a vida distruida pelas drogas. São inúmeros os exemplos: River Phoenix,Jonathan Brandis,Rafael Ilha, etc. (Sendo que os dois  primeiros tiveram o mesmo fim de Corey, cabendo ao segundo o mais trágico)
Já havia citado um dos filmes dele anteriormente aqui, e quem me conhece sabe o quanto adoro a década de 80 e 90. Não sou fã de Corey Haim - até acho que nem deve existir muita por ai- mas é como se uma parte dos 80 tivesse sumido. Por isso o post-despedida.
Goodbye 80's
Goodbye Corey Haim
 
 
Ah.. e para quem ainda não se lembra dele (o que não é díficil) aqui vai alguns dos filmes mais conhecidos ( e mais repetidos na sessão da tarde nos anos 90 - com uma década de atraso)
 

Dá o play Macaco!

terça-feira, 9 de março de 2010

Explicações..

Sobre o post anterior...
A grande burrada da burrita aqui foi fazer inscrição em um curso na State University of San Francisco e pensar que o curso começava no dia 23 de março, quando na verdade teve inicio em 23 de fevereiro.
Resultado: Perdi 100 doletas (pois só me devolveram 65% do que paguei) e fiquei sem refinar minha pronuncia. Como não se achar burra?

Sobre a ausência no blog...
Estou me organizando! Tenho um livro para ler até dia 29 de março ( A Study In Scarlet - Conan Doyle) para o curso sobre literatura de mistério que iniciarei em Stanford. Esse será o primeiro de sete livros, ou seja, tenho muito o que ler. Fora isso, estou organizando com meus companheiros auperisticos um grupo de estudos para "improvementar" nosso inglês. Além disso, cuido de menininhas nas minahs horas não vagas e nas vagas  o mais importante de tudo: estou vivendo San Francisco.

Não  tardarei a voltar, já recebi uma ajudinha do Chuchu para organizar minha vidinha (gostei do programa que me indicou)

É isso .. explicações feitas!
Até o próximo post.

Sem trilha sonora dessa vez.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Donkey!

Vc conhece alguem muito burro???!!!
Prazer, eu sou!